Já vem o sabor da noite
Ao cair o véu estelar
Avivam-se todas as boites
Dos que não tem lar
Lá vem a luz destas estrelas
O clarão da lua em algum lugar
Invade o quarto pela janela
Onde uma mulher observa o luar
Em uma cidade sem alegria
Transito parado, sinal fechado
Nas ruas travessas, avenidas
Todos nós seremos perdoados
E nos lugares mais sórdidos
Recantos de lixo e podridão
Ratos de um mundo perdido
Gente sem fé pedindo perdão
Trafegam carros e caminhões
Ensaiam nos teatros da cidade
Onde muitos erram caminhos
Outros encontram a felicidade
A noite sabe escolher os tons
Para mostrar mais claras verdades
A noite sabe de ouvir os sons
E põe no coração tanta saudade!
Será que a noite me perdoa?
Ou saberá me esquecer?
Vou deixar que a saudade doa,
Neste fogo me aquecer
Pois a longa noite é fria.
E há solidão nas ruas e avenidas.
Festas cheias de alegria,
Que nas manhas são esquecidas.
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