Fantasma, correntes arrasta
Nos sótons, nos alpendres
Em noites frias e tão escuras
Que buscará pobre criatura?
Sons abafados, gritos apagados
Vozes escondidas, de gargantas geladas
Vem de tão longe, lá do passado
Frases inacabadas
De questões que já nada dizem
Pois a noite caiu, tudo passou
Sombras que jamais amanhecem,
Sobras do que fui no que sou.
Tudo em vão.
Fantasmas de mim mesmo, vão
Nos teatros de óperas sem fim
Buscando um script, sem mim
Uma fala, um gesto, último ato
Que salte das criptas, dos vãos
Um enredo:
Com Personagens vivos
Deste segredo
Que mora em mim sem alívio
E me dá medo
Ser o que quero ser
Amar quem eu quero
Ver o que há para ver
E ser então, sincero.
Riverstone-PedroRivero
Pedro,
ResponderExcluirQuando esses fantasmas ainda estão tão presentes e assombram, é preciso enfrentá-los para sossegar a alma de ambos e levar a nossa vida adiante.
bjs e bom domimgo